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Cortes de vagas no Prouni no governo Temer trazem inseguranças para 2020

Gilvanete Costa tem 28 anos e nasceu no Piauí, Nordeste do Brasil,que agora vive em Luziânia, fora da capital Brasília. Sua vida mudou depois que os programas sociais começaram a ser estabelecidos pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), e depois que sua mãe, trabalhadora rural Dejanira Santos Costa, tornou-se beneficiária do programa condicional de transferência de Dinheiro Bolsa Família na pequena cidade de Manoel Emídio, Piauí. Com o dinheiro, Dejanira foi capaz de criar Gilvanete e seus quatro irmãos, e sabendo que ela poderia fornecer comida para seus filhos devido ao programa, ela teve mais oportunidade de concentrar seus esforços em sua educação.

Anos mais tarde, em 2013, sua mãe foi uma das grandes apoiadoras de Gilvanete quando ela tentou entrar na faculdade através do fundo de Financiamento Estudantil (FIES). A menina conta que nem queria acreditar quando acessou o prouni2019.eco.br e descobriu que tinha sido aprovada para estudar com 100% de bolsa.

Gilvanete se formou em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica em Brasília no ano passado com um programa de bolsas de estudo. A jornalista acredita que ela é um exemplo de como os programas sociais são necessários. Estes são programas que realmente promoveram condições mais decentes para pessoas que não têm acesso às necessidades básicas, como se vê com o relato de pessoas e mais pessoas que dependeram para a realização de sonhos e transformação do futuro.

Sua maior conquista é a casa que ela comprou em 2014 no projeto Minha Casa Vida, um dos maiores programas de habitação federal a preços acessíveis do Brasil. Ela diz que mudou a sua realidade social.

“Graças a este programa, consegui realizar um sonho e ter o meu próprio lugar. Sem incentivos do governo, eu nunca seria capaz de fazer isso”, diz O jornalista.

Como Gilvanete, muitos brasileiros tinham e ainda têm suas vidas transformadas por programas sociais. Mas agora todos esses projetos mencionados pelo jornalista estão sendo desmantelados pelo governo golpista de Michel Temer.

estudantes brasileiros

Cortes no Prouni

As mudanças nos programas sociais feitas pelo governo golpista também impactaram o Programa Universidade para Todos (Programa Universidade para Todos – PROUNI), lançado pela primeira vez em 2004 pelo governo Lula. No Brasil, o ensino superior público é prestigiado e livre de propinas, mas também extremamente difícil de entrar, e historicamente só a elite e a classe média alta têm sido capazes de dedicar o tempo e o dinheiro necessários para se preparar para os exames de admissão rígidos das universidades. Depois que o PROUNI foi implementado, as crianças de classe baixa foram capazes de ir massivamente para a faculdade pela primeira vez.

Eduardo Mauro de Carvalho é psicólogo e ex-beneficiário de uma bolsa parcial de estudo de PROUNI que se formou em uma faculdade privada em 2010, depois de quatro anos tentando entrar em uma universidade pública. Ele marcou 97% no Exame Nacional do Ensino Médio e foi capaz de pagar uma taxa de matrícula reduzida que ele poderia pagar.Mais recentemente, em 2015, Deborah Monteiro passou no exame de admissão e entrou na Escola de Língua e Literatura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Cortes no Minha Casa Minha vida

O orçamento da Minha Casa Vida, por exemplo, caiu de R$23,5 bilhões (US$6,2 bilhões) em 2015 para r$8,4 bilhões (US$2,2 bilhões). O orçamento esperado em 2017 foi tão baixo quanto R$3,69 bilhões (US$980 milhões), e este ano os investimentos devem cair para R$1,2 bilhão (US$320 milhões), um corte acentuado de 94,9% sobre 2015 sob o governo de Temer. Não só estes cortes, mas também mudanças nas regras estão impactando o acesso ao programa.

O programa Minha Casa Vida foi implementado em 2009 e desde então tem firmado contratos para 4 milhões de unidades habitacionais, com investimentos maiores que R$270 bilhões (US$72 bilhões), de acordo com o Ministério das cidades. Ao longo dos anos, foram entregues 2,3 milhões de unidades.

No Brasil rural, mudanças nas regras de acesso à Minha Casa Minha Vida Rural resultaram em um programa social menos eficaz para os pequenos agricultores.

Sonia Maria da Costa, de outra cidade do Piauí, Francisco Santos, diz que dormiu muitas noites no chão antes de finalmente conseguir sua casa em 2012. Sonia, que também é membro da coordenação do movimento dos Pequenos agricultores (Mpa), argumenta que as novas regras estabelecidas após o golpe de 2016 estão dificultando o acesso das famílias ao programa.

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